segunda-feira, 28 de junho de 2010

Dia 22 de Junho.




Tem umas coisas que a gente vai deixando, vai deixando, vai deixando de ser e nem percebe. Quando viu, babau, já não é mais. Mocidade é isso aí, sabia?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

É preciso coragem, uma coragem danada.

Talvez esse final de semana que passou tenha sido o pior ou o melhor da minha vida.Culpa da bebida? não sei.Posso descrever meu sábado a noite como uma mistura de sentimentos, foi algo realmente estranho e não vou mentir, chorei, coloquei tudo que sentia pra fora e acredite, me fez bem, funciona.Vou te contar uma história bastante interessante..Um dia fui apaixonada, muito apaixonada e hoje não tenho vergonha de dizer que escondi algo que me fazia 'bem', apesar de tudo, eu acho que o sentimento quando existe, quando é verdadeiro se torna algo bom, gostoso de sentir, quem já amou ou ama sabe do que estou falando, enfim.Depois o amor virou ódio, virou desejo de vingança, raiva e depois passou, passou..e virou amizade, mas to falando em amizade mesmo (pelo menos da minha parte), virou carinho, segurança, confiança, respeito! Aconteceu algo esse sábado que me fez desmoronar, acabei perdendo o chão e confesso que não estou tão louca ainda porque não estou acreditando, sabe quando não cai a ficha? simples, estou me sentindo assim; Sou uma pessoa que me entrego com facilidade, sou amiga e eu tenho certeza que é uma qualidade que poucos tem, a maioria das pessoas simplesmente não se importam com nada, com ninguém, passam por cima dos sentimentos e o egoísmo toma conta; Sabe a história que acabei de contar? ela é linda, porém triste, e vou te dizer uma coisa, preciso desse amigo do meu lado para sempre, é engraçado, mas o amor realmente existe, ele está presente nas pequenas coisas, no sorriso das pessoas, no olhar, no coração..Eu não entendo os planos de Deus, mas espero que o que essa pessoa me disse sábado seja apenas uma suspeita, ou então, eu realmente vou precisar de coragem, de mais fé e de esperança, afinal, eu nunca vou abandonar os meus amigos em nenhum momento, amizade existe, você sente quando é verdadeira, quando é preciso ter cuidado com a pessoa, amizade é um tipo de amor diferente e eu quero carregar esse amor no peito pelo resto da minha vida.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dentro, fora.

Algo aconteceu comigo, sinto essa diferença todos os dias e vou te contar um segredo: eu não faço a mínima idéia do que houve. Esse final de semana,fui almoçar com algumas amigas e uma delas disse ‘você costumava ser mais feliz, o que aconteceu?’fiquei calada e comecei a pensar em tudo, se tem uma coisa que eu adoro fazer é pensar, a minha cabeça adora relembrar os meus melhores momentos e me fazer chorar por horas por não ter mais tudo que tive um dia, me passa um flash sempre e eu fico pensando que vai restar apenas saudade (para sempre). Talvez se trancar por dentro, não falar o que sente, não sonhar, não amar, não arriscar, seja uma forma errada de viver a vida, e é isso que está acontecendo comigo, fiquei uma pessoa seca por dentro e vou ser sincera, não faço tanta questão de algumas pessoas mais em minha vida, quero ir embora e abandonar tudo, tentar esquecer, curar o coração, recomeçar em outro lugar, isso é certo? Analisando bem, não, tudo isso é uma simples forma de tentar fugir dos problemas, mesmo sabendo que o problema está dentro de mim, não nas pessoas que vivem ao meu lado, e nem na cidade onde moro, a verdade é que tudo ficou vazio, o que sobrou pra mim? O pouco, o quase nada; gostaria muito de poder conversar com as pessoas e resolver meu problema, mas pelo que vejo não há nada que possa ser feito, eu preciso achar uma solução, esquecer tudo que passou, afinal, o que passou, passou..buscar em outras pessoas o que não tenho mais, será que isso é possível? É preciso tentar, quero minha alegria de volta, minha felicidade, o meu sorriso.

‘’ Não choro mais. Na verdade, nem sequer entendo porque digo mais, se não estou certo se alguma vez chorei. Acho que sim, um dia. Quando havia dor. Agora só resta uma coisa seca. Dentro, fora.’’

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Olhando a foto..



foi quando eu descobri que tua ausência inda doía e o tempo que passou não me serviu como remédio. E a minha paciência foi inútil e todo desapego incompetente. Eu me desvencilhei de livros, cartas e bilhetes e me desmemoriei por algum tempo - quis tanto ter você, depois silêncio - mas nessa tarde estranha em que ensaio versos, só vem tua falta à tona... E eu desamarro um pranto que eu sei tão antigo - desculpa essas palavras com cara de choro - ainda há reticências.


Caio Fernando.

domingo, 6 de junho de 2010


Como vou te contar isso sem que você sinta dó de mim? 
Vou tentar com as minhas melhores palavras te dizer o que está acontecendo.

Sabe quando você se sente uma pessoa seca por dentro? essa pessoa sou eu, todas as vezes que vejo alguma foto antiga, algum vídeo, ou leio algumas cartas, penso no que me transformei, mas é quando paro e reflito, não acho que seja culpa minha, a culpa é da vida, do tempo, das pessoas ao meu redor, isso sim.Se eu disser que ando sem fé em algumas coisas da minha vida, você com certeza vai acreditar, afinal, só falo sobre isso aqui, sabe qual o verdadeiro problema? eu passei muito tempo esperando as coisas das pessoas e acabei me decepcionando, esperei e ainda espero tanta coisa da vida, e vamos conversar, ela não têm sido muito legal comigo..vamos deixar isso um pouco de lado agora; O que eu mais detesto é olhar algo ou alguém que poderia ter sido meu, só meu entende? e cara, fico pensando em todos os motivos, tentando obter respostas e nada, só quebro a minha cabeça, isso tudo tentando entender porque aquela pessoa não foi feita para mim, enfim, isso dói.
Gostaria muito que tudo voltasse a ser como era antes, tudo mesmo, falo isso até em relação a amizade, tudo tá muito diferente e eu não estou acostumada com toda essa mudança, não quero isso, dá pra entender? se alguém se colocasse no meu lugar, com certeza entenderia perfeitamente o que quero dizer.



“Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.”


Caio Fernando Abreu