sábado, 29 de outubro de 2011

De tanto te querer..

Fiquei rezando baixinho naquele sábado. Eu rezava baixinho e pedia: Deus, que ele seja meu. E repetia três vezes. Quem sabe dava sorte. Quem sabe lá do outro lado da cidade você ouvisse meu chamado. Quem sabe Deus batesse na porta do seu coração e dissesse: Cara, olha ela aí. Ou quem sabe, você de repente me amasse. Porque sobre essas coisas de destino e coração eu nunca entendi. Fiquei rezando todos os sábados, eu precisava que você ouvisse minhas orações, eu precisava das suas mãos grandes e precisava olhar nos seus olhos. Eu precisava sentir o seu coração bater e até quem sabe ouvi-lo. Eu precisei tanto de você deitado na cama comigo, eu precisei das suas palavras de conforto e precisei dos seus gritos. A gente nunca vai compreender porque certas coisas nunca chegam pra gente. Eu nunca vou entender porque você não foi meu. Meu amor, eu apenas rezei. Eu apenas esperei. Eu apenas mantive a chama da esperança acesa. O vento chegou e apagou tudo que ainda restava. Meu coração se tornou duro de tanto amor não correspondido e eu continuei fazendo minhas preces. Eu quis tanto ser tua, eu quis tanto te ter por completo, eu quis tanto cuidar de você. 

Aos sábados continuo com o mesmo ritual. Aumentei minhas orações e agora repito sete vezes: Deus, que ele seja meu. Não adiantou. Você não chegou. E quando te vejo o mundo parece parar e não ligo se o céu vai desabar. Gosto de ficar olhando pra você e gosto de ouvir a sua voz rouca e cheia de malícia. Talvez eu passe muito tempo pensando em ti, e daí? Não importa mais, meu barco já afundou e não tem mais volta.

Você tá do outro lado da cidade e não ouve meu chamado. Você nunca ouviu. Você nunca me olhou como eu quis. E agora rezo aos sábados e domingo, bem alto: Deus, que ele não seja meu. Porque eu não preciso mais te chamar, eu preciso de alguém que me chame.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Homens e suas histórias.

Tento entender a cabeça dos homens e acredito que eles sejam bem mais complicados do que nós (mulheres). Estou naquela fase revoltada e tenho motivos. Não consigo mais esperar coisas boas dos homens, não sei mais acreditar em uma palavra que eles falem e isso acaba se tornando chato. Acho que antigamente os homens eram bem mais compreensivos e amavam pra valer. Hoje em dia tudo é traição e vejo isso constantemente.

Homem que é homem não precisa sair batendo em alguém pra mostrar que é homem. Não precisa prender o choro na hora que é pra chorar. Não precisa esconder os sentimentos e sair correndo feito uma criança. Admiro um homem que chora, que manda flores e escreve cartas. E acabei sonhando demais com isso. Contamos nos dedos os que ainda valem algo. Hoje em dia virou tudo banal e "pegar"  significa: sou macho. Muito macho, ou seria: maCHUcado? Vamos lá..acho que todo homem sente medo de amar, de ficar cego de tanto amor, de pensar em uma mulher, ele sente medo.

Queria encontrar um homem de verdade. Um homem apaixonado, carinhoso. E será que existe ainda? 


Fica esse vídeo. Eu queria!





quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uma xícara e nada mais.

Tá um silêncio aqui dentro.
A moça olhava a rua pela janela, sentia aquele frio e tomava uma pequena xícara de café. Segurava a xícara com toda força do mundo e fazia um pedido. Já passava da meia noite e ela ainda esperava aquele rapaz. O rapaz tinha uma coisa diferente, havia algo nele que chamava atenção, ela só não sabia o que era. Esperava aquele rapaz com tanto amor no coração, havia tanto cuidado, afeto e carinho.

Ela esperou com toda esperança do mundo. Sonhar com ele já tinha virado clichê, e sempre sonhava com aquele homem dobrando a esquina de sua rua. Ele chegava e sabia que era ela. Era ela: a mulher da sua vida. Afinal, uma alma reconhece de imediato a outra. E o sonho acabava.

A mulher passou tanto tempo esperando e ele nunca apareceu. A única coisa que sempre ficou com ela foi aquela pequena xícara. Só que aqui pra nós: de vez em quando ela aperta a xícara e ainda faz o pedido..Lá no fundo a moça acredita que o rapaz ainda pode dobrar sua esquina.