terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ruas largas.

Em breve você vai chegar, eu sei. Tenho andado por ruas largas procurando por alguém que me procure também. Tenho observado as noites caírem e os dias passarem com rapidez. Tenho me sentido solitária. Converso comigo. Relembro os amores do passado e tento colocar em um papel o motivo de não termos dado certo. O que faltou? O que faltou para darmos certo? Crio uma resposta bem clichê: ele não era o cara que estava escrito para mim. E será que realmente existe algo escrito para nós? Me pego chorando com a cabeça no travesseiro, me pego revoltada nas baladas da vida e sinto que estou chegando ao fundo do poço. Pobre coitada! O que a carência não faz conosco? Tenho evitado relacionamentos, tenho evitado conhecer pessoas novas, tenho evitado observar o sorriso alheio. Mas não consigo. É de mim querer se relacionar com alguém, é de mim querer ter alguém.

E consigo perceber que há erros em mim. Não se deve criar expectativas, não se deve ficar apaixonada por alguém que não conhecemos. O correto é conhecer, conhecer, conhecer e depois ter algo. Mas há pressa dentro do meu coração. Pressa de ter beijo com gosto de saudade, de ter abraço apertado depois de um longo tempo, de ter trocas de mensagens no meio da noite. Não tenho, nunca tive. Odeio saber que nunca tive a sensação de ser amada. Nunca me conquistaram. Nunca conquistei. Me sinto totalmente incapaz. E deve ser por isso que ando por ruas largas. Pode ser que um dia encontre alguém que sinta a mesma vontade. E essa pessoa pode chegar da maneira que quiser, mas conquiste meu coração. Eu já não sou capaz de tentar novamente.

(Um breve desabafo).

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