sábado, 2 de novembro de 2013

Tão pessoal.

Já não durmo mais. E se durmo não consigo sonhar. Ultimamente meus dias tem sido iguais, tem sido dias chatos, sonolentos. A rotina é cansativa e o peso que habita dentro do meu coração é completamente doloroso. Pessoas passam por mim o tempo todo e não me compreendem. No meu sorriso há algo forçado, ele não é tão verdadeiro assim. Se lembro do passado acabo chorando de saudade. Se penso no presente me desespero e se eu for cogitar o futuro bate uma ansiedade sem fim. Ter vinte e um anos, mas já ter cabelos brancos. Ter vinte e um anos, e de vez em quando não saber que caminho seguir. Tem dias que acordo com vontade de largar tudo, tem dias que são complicados de colocar os pés no chão. Tem dias que não quero ser eu.

Falam que tenho ansiedade. Falam que me preocupo demais com as pessoas. Falam que eu preciso deixar de ser menos intensa. E isso realmente funciona? Entendo perfeitamente que ninguém quer ter alguém falando sobre coisas ruins, falando sobre tristeza, problemas, dores. Tenho trabalhado o silêncio para não incomodar o barulho alheio. É preciso calar o coração, trancar as dores e forçar um sorriso no meio do rosto. Ser quem eu não sou apenas para transparecer ser forte diante das situações. Sei que é preciso planejar, sonhar, realizar, mas e quando a gente planeja, sonha e não consegue realizar? a frustração se faz presente.

Se tem uma coisa que aprendi é que cada qual com sua dor. Não devemos julgar a dor do outro e tentar achar formas para que isso acabe, cada pessoa tem uma maneira de levar a vida e de arcar com as consequências. Mas, recordo-me de uma frase que diz: "O sol nasce para todos". Sim, ele nasce e acabe a cada um de nós aceitarmos o sol que está nascendo, tudo depende da forma que enxergamos. E respirar fundo, e acreditar que um dia tudo vai acabar bem é o que me faz continuar. Não tenho tanta fé assim, mas o que tenho é o suficiente para que eu acorde todos os dias sendo eu. Mesmo que de vez em quando doa ser eu. Mas, isso é tão pessoal. 

2 comentários:

  1. Quantas verdades, em um só texto, eu deveria descordar de algumas, mas de fato com o passar do tempo aprendi que as dores muitas vezes, ou na grande maioria das vezes são apenas nossas, cada um com a sua, e devo confessar que já perdi milhares de noites pensando não só em tudo que tem no texto, mas em muita coisa além, enfim. Belo texto, até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/

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  2. Se algum dia você conseguir ser menos intensa me ensina?
    Vivem dizendo que tenho que deixar de ser intensa e 8 ou 80.
    Julgar a dor dos outros é a maior burrice que alguém pode cometer, taca um foda-se pra esse tipo de gente, pois se acham superiores.

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