Nunca mais havia pensado em ti. E foi gostoso esse tempo que minha cabeça tirou férias de você. Tentei me abrir e conhecer outras pessoas legais, com um papo interessante e não houve uma pessoa sequer que me deixou de olhos arregalados. Que saco! A gente vive querendo encontrar alguém por aí, sabe? nem que seja andando pelas ruas lendo um jornal. Pode ser aquele cara que entrou na livraria e levou uma revista de horóscopo. Pode ser aquele cara que só compra pão doce na padaria e toma com café sem muito adoçante. Pode ser qualquer um! Pode ser até aquele cara meio estranho, aquele cara que te mete medo e você tem a impressão de que a qualquer momento ele vai pular no teu pescoço. Não tem nem esse cara. Tentei de todas as maneiras ocupar minha cabeça com outros caras. Conheci caras sem graça, caras com graça e com cara de pateta, caras que só sabiam conversar sobre sexo e caras que só sabiam olhar para as bundas que passeavam na rua. Aí cansei e resolvi tentar um novo método: o de não pensar e não conhecer nenhum cara. Não conheci e não fiz a mínima questão nenhuma de querer conhecer lixo.
Fiquei bem durante meses. Um, dois, três..Até que alguém sempre chega e estraga aquele clima de tô-nem-pensando-em-você. Sempre tem uma amiga que fala nele, sempre tem uma música que lembra o infeliz, sempre tem um amigo de um amigo que chega falando dele. Fechei a respiração e disse: não, não, isso não pode voltar. E volta, sabe? Volta como uma maré de azar. De repente eu lembro do sorriso, dos olhos, da boca, do corpo e vou perdendo-me em meus pensamentos. Lembro de tudo que (não) aconteceu e me sinto uma burra por ter deixado escapar todas as chances que tive contigo.
Mas aí recebo um sinal, um sinal divino e fico pensando se devo seguir. Algo dentro do meu coração ainda quer acreditar que você foi feito para mim e ninguém vai mudar isso. Mas, algo dentro da minha cabeça diz que não vou obter sucesso. "Eu sou do meu amado e meu amado é meu."
E aí, razão ou coração? Eis a questão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário